segunda-feira, 22 de outubro de 2012

18 hrs. e um pouquinho

O copo cheio de desabafos, as gargalhadas com o amigo,
a gravata frouxa casa bem com a manga aberta;
Peças movidas sob a mesa
pelo raciocínio um tanto lento de alguns nobres antigos;

A fúria inexplicável de um doido qualquer
a qualquer um que passar,
numa erupção de desespero;

Bater de passos contra o piso,
congestionamento em tudo,
a cara fadigada obrigando um e outro sorriso;

O céu já vem anunciando o arrebol,
a Lua vai se destapando do manto azul,
o Sol já vai dizendo um até logo
emergindo sob os montes entre norte e sul.

E mais um dia de súplicas se vai,
dessa existência miserável de uns tantos,
segue a estrada rotineira à coisa alguma
sendo sempre indiscutível como se definir os santos.

Loucura ou Lucidez?

Mesmo que os médiuns e derivados sejam todos loucos como uns afirmam,
eu sinto uma imensa inveja por minha mente não ser louca o bastante pra me proporcionar algo tão sensacional.

Esquecer a sujeira

Ao menos quando partirmos poderemos ficar descansados, pois nossas mãos serão lavadas por todos que nos têm apreço.

Óleo de peroba

Assim disse o canalha: Não importa por onde a borboleta voe, o importante é que ela volte toda noite pro seu jardim.

Até que ponto...

Há níveis de Ser que proporcionam ao Ser enquanto nessa experiência terrestre, a capacidade de cometer atos como arrancar o próprio dente com uma faca por ele estar incomodando.

Alegria alheia

Em uma manhã passei numa dessas ruas recheadas de pequenos estabelecimentos para a recreação noturna, e na calçada, no cantinho de cada porta, de cada estabelecimento havia depositado, creio que com singela dedicação, porções fartas de vômito.
É bonito ver as recordações dos breves momentos da alegria alheia.